un altro capolavoro di Frantisek Vlácil, che non ne sbaglia uno.
una storia di diavoli (che non ci sono?), di potere, una ragazza contesa, gelosie, una fotografia di serie A.
cercatelo e non ve ne pentirete - Ismaele
Un gesuita indaga sulla famiglia d'un mugnaio
ritenuta ispirata dal diavolo... L'opera che precede Marketa Lazarová è già un
grande film. La metafora che lo percorre (il potere spirituale e temporale in
opposizione alla sapienza popolare pre-scientifica) è resa con naturalezza (la
processione religiosa interrotta dallo scorrere del rivolo d'acqua) e diviene,
in parte, apologia del socialismo come redentore laico dell'umanità;
un'interpretazione resa, però, più complessa dalla condotta formale e dalla
subliminale colonna sonora che arricchiscono la narrazione di echi e anditi
segreti.
Século XVI. Um moleiro (Vejrazka) e seu filho Jan
(Olmer), passam a ser observados com suspeição por conta de terem, a partir dos
rudimentos do primeiro, encontrado um filão de água que se torna cobiçado pela
comunidade. Rumores de bruxaria são disseminados pelo regente (Randa) local e
um padre (Macháchek).
Marcado por um preciosismo estilístico que se faz
presente em sua cuidadosamente atmosférica trilha sonora, por vezes algo
excessiva, que se conjuga a um certo estranhamento com que tudo é narrado, como
se não deixasse muitas pistas ao espectador, espremido entre o que parece ser a
boa fé e os interesses particulares do moleiro por um lado e as suspeitas que
recaem, em parte endossadas por uma história tradicional que menciona uma
tragédia ocorrida no moinho, incendiado no passado. O virtuosismo da imagem se
faz presente em igual medida ao uso enfático da música, através dos ângulos
inusitados que cobrem desde as flores jogadas no fundo abismo por Jan, a partir
da perspectiva do abismo ou da câmera elevada que apresenta os casais dançando
numa festa ou que avançam, como que voando, em direção a porta da casa do
moleiro – efeito deveras impressionante quando se pensa que efetivado com grua
e não efeitos digitais. A tentativa de representação de planos subjetivos de
diversos personagens também fazem parte desse esmero visual, característica
gradativamente utilizada com menor ênfase. Destaque para a intensa cena do
moinho incendiado, a boa qualidade das interpretações, a maravilhosa fotografia
em p&b e a composição do que é enquadrado, já demonstrado a partir dos
belos planos iniciais que destacam a miudeza do padre diante da imensidão da
paisagem ou a imagem transfigurada de Cristo – sua batina preta e seu tom
arrogante sugerem, já a princípio, uma aproximação com o demônio antes por ele
que por parte dos rudes trabalhadores. A vinculação da instituição
eclesiástica com os interesses do poder se faz presente, ainda que de forma
relativamente dissimulada e lacônica. Mesmo que na superfície sua narrativa
possa ser costurada a partir de tais comentários, eles se encontram longe de
esclarecer o tom premonitório e sobrenatural que o acompanha do início ao final
(o que aconteceu, de fato, com o moleiro, por exemplo?). Sua imagem
carregadamente expressionista e simbólica parece influenciada pelo cinema de
Bergman. Filmové Studio Barrandov para Ceskolovenský Filmexport. 85 minutos.
…The film also features the evocative
music of Zdeněk Liška (perhaps the most prolific composer of
the Czech New Wave). In this his second of eleven collaborations with Vláčil,
his compositions are used sparingly, but to great effect, complimenting but
never overpowering a scene. The best example of which can be heard in an
amazingly shot celebration and dance sequence at the end of the second act.
The Devil's Trap might not be a masterpiece, but it is still a
strong effort, with a fascinating straightforward story and a glorious
historical setting captured beautifully by Vláčil's unmistakable visual
prowess. A fine work that would also be the perfect starter plate to prepare
yourself for the challenging feast of Marketa Lazarová or The
Valley of the Bees. It even has an easy to digest running time. It's
therefore puzzling why this gem remains largely overlooked and ignored.
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